sexta-feira, 14 de fevereiro de 2003

Poeminha bobo sobre um amor infalível.

Reiniciando o ciclo de reflexões semanais.

Se o nariz coça
e, desesperada,
você se encontra
com as mãos ocupadas;

Se você perde
tempo e paciência,
a vez ou graça,
o chão ou a crença;

Se você chora
a unha quebrada
o final tão triste
ou a alma lavada;

Se está com pressa
dor ou dormência,
bota a mão no fogo
ou na consciência;

E se acorda
mas é madrugada,
e um pernilongo
lhe deixa irritada;

Se você grita
de dor ou prazer,
se xinga a quem
não tem nada a ver;

Se tem coragem
e sonha acordada,
ou se fica tonta
de dar gargalhada;

Se aposta no amor
ou joga ele fora
ou nunca acerta
qual a melhor hora;

Se sabe das coisas
e fica assustada
e prefere, omissa,
não fazer mais nada;

Se não faz idéia,
nem tem interesse,
nem é o que ía
ser quando crescesse;

Se acorda de novo
e a luz foi tragada
e seu lençol curto
não cobre a fachada;

Se chama e insiste
Mas fecham a porta;
Creia, não duvide:

Deus se importa.


Feliz sábado, amigos!

Luciana